Os EUA possuem vírus que podem
devastar o mundo
A varíola matou 300 milhões de
pessoas no século 20 até ser erradicada com campanhas de vacinação. O último
caso foi registrado em 1977, na Somália. Mas o micro-organismo por trás da
doença, do gênero Orthopoxvirus, continua muito bem, obrigado. "A varíola
ainda é uma ameaça para o mundo inteiro. Os EUA e a Rússia guardam estoques do
vírus congelado desde a Guerra Fria", diz Steven Block, biofísico da
Universidade de Stanford e um dos maiores especialistas mundiais em
bioterrorismo. O arsenal americano é mantido no Centro para Controle e
Prevenção de Doenças, em Atlanta. Uma eventual liberação do vírus, por
acidente, terrorismo ou guerra, poderia ter consequências terríveis - porque a
vacinação em massa contra varíola foi interrompida há mais de 30 anos (e também
porque, para manter a eficácia, ela teria de ser reaplicada a cada 10 anos).
Os EUA também cultivam organismos
ainda mais perigosos, como o vírus ebola e a bactéria Bacillus anthracis
(antraz), ambos altamente letais.
O propósito oficial é desenvolver
vacinas contra eles. Mas algo sempre pode dar errado. Em setembro de 2001, um
terrorista obteve esporos de antraz - um pó branco, que ele enviou pelo correio
para alguns políticos e jornalistas americanos, gerando pânico no país. Segundo
uma investigação do FBI, o antraz usado nos ataques teria sido roubado de um
laboratório do governo americano por Bruce Ivins, cientista que tinha acesso a
esse material. Ivins acabou se suicidando em 2008.
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