Coca e Pepsi contêm um
ingrediente polêmico
Segundo estudos publicados em
2007 pelo governo dos EUA, a substância metil imidazol (4-MI) está ligada ao
aumento no risco de câncer. Ela é utilizada na fabricação de medicamentos,
tintas e produtos agrícolas e também está presente em alguns refrigerantes -
pois é um subproduto do corante caramelo IV, usado em bebidas. Segundo uma análise
do Centro para a Ciência no Interesse Público (CSPI), dos EUA, uma lata de
Coca-Cola brasileira tem 267 microgramas de 4-MI. É 66 vezes mais do que a Coca
da Califórnia - e 9 vezes acima do limite estabelecido pelo governo de lá. Dos
9 países estudados pelo CSPI, o Brasil é líder no uso da substância, também
encontrada na Coca Diet, na Pepsi e na Pepsi Diet.
A Coca-Cola nega qualquer risco,
mas decidiu mudar sua fórmula, na Califórnia, para diminuir o 4-MI e satisfazer
a lei. No Brasil, a fórmula não será alterada. A empresa diz que o uso do
corante observa os critérios da Anvisa e não traz risco. "A quantidade de
4-MI ingerida pelo consumo de refrigerantes não é significativa", afirma.
A PepsiCo também diz que não há problema. "Não há evidência científica de
que o composto 4-MI em alimentos ou bebidas traga risco", afirma. A Anvisa
segue a mesma linha. "O consumo diário de 1 litro de refrigerante de cola
resultaria na ingestão de 1,2% do total aceitável para um adulto." Ou
seja: você teria de beber 83 litros de refrigerante por dia para passar do
limite seguro. O governo da Califórnia não concorda, alegando que os efeitos do
4-MI ainda não são plenamente compreendidos. A Food & Drug Administration,
do governo dos EUA, diz que os refrigerantes são seguros. Mas aceitou analisar
uma petição do CSPI, que pede o banimento da substância.
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