Regiões metropolitanas fecharam 11 mil vagas formais em julho
O crescimento fraco e o aumento
do pessimismo entre empresários e consumidores bateram no mercado de trabalho
das grandes cidades. Pela primeira vez desde 2003, foi registrado em um mês de
julho fechamento de vagas formais nas nove regiões metropolitanas do país.
Segundo
dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), foram fechados
11.058 postos com carteira assinada nessas áreas, que incluem Salvador,
Fortaleza, Belo Horizonte, Belém, Recife, Curitiba, Rio de Janeiro, Porto
Alegre e São Paulo e cidades no em torno dessas capitais. Os números foram
divulgados nesta quarta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Belém e
Fortaleza foram as únicas metrópoles que abriram novos postos. O pior resultado
foi registrado em Recife: menos 5,2 mil vagas.
No
conjunto de todo pais, foram geradas 41.463 vagas no mês passado, pior
resultado para julho desde 2003. O setor que mais contribuiu para o crescimento
do emprego no mês passado foi a agricultura (18,1 mil novos postos), justamente
o setor localizado no interior do país.
Na
avaliação do diretor do departamento de emprego e salário, do MTE, Rodolfo
Torelly, o emprego nas grandes cidades sofre mais influência da crise externa
do que o resto do país. Segundo ele, nas metrópoles há mais investimento
externo do que no interior.
"O
mercado [de trabalho] está muito irregular, principalmente nas áreas
metropolitanas, onde, temos uma teoria, de que o capital é mais volátil, tem um
efeito maior no emprego. No interior, onde o emprego é mais verde e amarelo, a
situação está mais estável", disse.
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