Justiça vê indícios de fraude em listas da Rede em cinco Estados
A Justiça Eleitoral de cinco
Estados apontou possíveis irregularidades em assinaturas de apoio apresentadas
pela Rede para sua oficialização como partido político.
No
Espírito Santo, o partido entregou a ficha de uma eleitora analfabeta e que,
segundo o juiz eleitoral, votou na eleição de 2012 "mediante coleta de sua
digital".
Chamada
ao cartório, ela disse que sabe escrever seu primeiro nome e o reconheceu na
ficha, mas não os sobrenomes, escritos por outra pessoa. Segundo o juiz, ela
"sequer sabia que o primeiro nome lançado na lista de apoiamento à Rede,
prestava-se à criação de partido, ao contrário, a humilde cidadã pensou que se
tratava de recenseamento". O caso foi enviado ao Ministério Público.
Em
Santa Catarina, dois juízes identificaram assinaturas diferentes com grafia
semelhante. Um deles pediu instauração de inquérito à Polícia Federal pela
"semelhança das assinaturas constantes em algumas fichas, o que pode, em
tese, evidenciar fraude". No Rio e na Bahia, juízes também pediram
investigações.
Ontem,
a Folha mostrou que o Judiciário paulista
pediu investigações sobre assinaturas em quatro cidades.
Em Mogi
das Cruzes, a Rede apresentou a ficha do estudante Allan Henrique Chaves Pudo,
25. Ele foi chamado ao cartório após a constatação da diferença entre a
assinatura apresentada e seu registro na Justiça Eleitoral. Lá, confirmou não
ter assinado a ficha: "As assinaturas não são nem parecidas".
Em
nota, a Rede manifestou "apoio às ações da Justiça Eleitoral que buscam
identificar suspeitas" e prometeu colaborar. Disse que os casos
identificados "representam parcela mínima do total de assinaturas" e
que se trata de suspeitas, "que podem ser confirmadas ou não."
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